O livro “Mulheres que correm com os lobos”, escrito
pela psicanalista Clarissa Pinkola Estés, foi lançado em 1992 e até hoje permanece
como um best-seller.
A primeira vez que o li foi em 1995, uma
amiga havia me recomendado e falado muito sobre a análise e interpretação que
esta contadora de histórias tinha realizado de lendas e histórias antigas,
resgatando o arquétipo da mulher selvagem, isto é, as imagens mais profundas originadas
de repetições de uma mesma experiência durante várias gerações e que se mantém
no inconsciente coletivo.
Mesmo com uma linguagem acessível, lembro que
naquela época foi uma leitura difícil, pois me levou a uma introspecção, a uma
reflexão sobre mim, sobre a natureza instintiva e a grande força criativa da
mulher. Em muitos momentos parei a leitura, criei resistências, retornei, fiz meu
próprio ritmo, sem a necessidade de terminá-lo.
Recentemente outra amiga comentou que eu
deveria ler esse livro, um médico antroposófico também me recomendou a sua leitura
e, logo em seguida, ganhei de presente outro exemplar. Entendi que o universo
estava me dando um recado e resolvi, então, voltar a ele.
Passados 23 anos da primeira leitura, muita
coisa mudou, outras questões surgiram, um casamento, perdas de pessoas
queridas, uma filha, nova cidade, um divórcio, novo trabalho... e continuo em busca
da minha essência, da força criativa que há em mim e do potencial de cura de
minha própria história.
-x-x-x-x-x"Women who run with the wolves", written by psychoanalyst Clarissa Pinkola Estés, was released in 1992 and remains a bestseller until now. The first time I read it in 1995, a friend had recommended and told me about the analysis and interpretation that this storyteller had made of legends and ancient stories, rescuing the archetype of the wild woman, that is, the deeper images originated from repetitions of the same experience for several generations and that remains in the collective unconscious.
Even with an accessible language, I remember that at that time it was a difficult reading because it led me to an introspection, a reflection on myself, the instinctive nature and the great creative force of the woman. In many moments I stopped reading, I created resistances, I returned, I made my own rhythm, without the need to finish it.
Recently another friend commented that I should read this book, an anthroposophic physician also recommended me to read it, and soon after, I gained another copy. I understood that the universe was giving me a message and I decided to go back to it.
After 23 years of first reading, a lot has changed, other issues have arisen, a marriage, the loss of loved ones, a daughter, a new city, a divorce, a new job ... and I continue to search for my essence, the creative force that exists in me and the healing potential of my own story.
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