Biblioterapia/ Bibliotherapy

 


Em abril descobri a existência dessa palavra e do seu significado (não me julguem, por favor!). Achei o máximo. Em uma única atividade articula a expressão oral e a escrita, reconhecendo o valor terapêutico das palavras e das histórias. A experiência realizada em uma das aulas do curso me mostrou a potencialidade dessa prática.

Lembrei de um livro que li há muito tempo atrás “Histórias que curam: conversas sábias ao pé do fogão”, de Rachel Naomi Remen (1998). Leitura fluida, reflexiva, sobre a vida, fragilidade, sobrevivência, morte, sobre a tenacidade à vida que resiste até o momento da morte. Sei que a biblioterapia utiliza outros tipos de livros, alguns com temáticas mais positivas, mas o título do livro “Histórias que curam” me levou a conectar os dois assuntos.

Também lembrei da história da Casa 11, um sebo e livraria do Rio de Janeiro que começou suas atividades a partir de um grupo de médicos que amam livros e organizaram um pequeno espaço para trocas e recomendação de leituras para seus pacientes, tendo como lema “mais livros, menos farmácias!”

Foto do perfil de casa11sebo

Com o tempo expandiram o espaço e as atividades, contando com rodas de conversa, circuitos de leituras, empréstimos de livros nas portarias de prédios vizinhos, e a Casa Voadora, uma biblioteca em praça pública com empréstimos gratuitos de livros para crianças, jovens e adultos. São os livros como instrumentos de cura e de democratização do saber (@casa11sebo).


Mas, voltando ao assunto inicial da postagem, a biblioterapia é uma atividade terapêutica, que por meio da leitura, explora o caráter psicológico e emocional das histórias potencializando seu processo transformador, seja no restabelecimento da saúde, no cuidado de qualquer pessoa ou na contribuição para o seu desenvolvimento e bem estar (Sandra Barão Nobre - https://abiblioterapeuta.com).

Segundo Sandra Barão Nobre, a biblioterapia é “coadjuvante em quadros de depressão, ansiedade, falta de foco ou concentração”, além disso, pode auxiliar a superar “bloqueios criativos, lidar com crises espirituais ou de autoestima, ou traçar novos caminhos pessoais e profissionais”. Ela pode ser conduzida com intenção clínica, de desenvolvimento, criativa, institucional ou autoajuda. Minha experiência foi com a biblioterapia de desenvolvimento e os livros utilizados foram infanto-juvenis. Amei o livro A Alma Perdida, de Olga Tokarczuk, com ilustrações de Joanna Concejo.


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In April, I discovered the existence of this word and its meaning (please don't judge me!). I thought it was amazing. A single activity combines oral and written expression, recognizing the therapeutic value of words and stories. The experience in one of the course classes showed me the potential of this practice.

I remembered a book I read a long time ago, "Healing Stories: Wise Conversations at the Stovetop," by Rachel Naomi Remen (1998). It's a fluid, reflective read about life, fragility, survival, death, and the tenacity of life that endures until the moment of death. I know that bibliotherapy uses other types of books, some with more positive themes, but the title of the book, "Healing Stories," led me to connect the two subjects.

I also remembered the story of Casa 11, a second-hand bookstore in Rio de Janeiro that began its activities as a result of a group of doctors who loved books and organized a small space for exchanging and recommending reading material for their patients, with the motto “more books, fewer pharmacies!"

Over time, they expanded their space and activities, including discussion groups, reading tours, book loans in neighboring building lobby areas, and Casa Voadora, a library in a public square offering free book loans for children, young people, and adults. Books are instruments of healing and the democratization of knowledge (@casa11sebo).

But, returning to the initial topic of this post, bibliotherapy is a therapeutic activity that, through reading, explores the psychological and emotional nature of stories, enhancing their transformative process, whether in restoring health, caring for anyone, or contributing to their development and well-being (Sandra Barão Nobre - https://abiblioterapeuta.com).

According to Sandra Barão Nobre, bibliotherapy is "a supportive tool in cases of depression, anxiety, lack of focus or concentration." Furthermore, it can help overcome "creative blocks, deal with spiritual or self-esteem crises, or chart new personal and professional paths." It can be conducted with clinical, developmental, creative, institutional, or self-help intentions. My experience was with developmental bibliotherapy, and the books they used were children's and young adult books. I loved the book "The Lost Soul," by Olga Tokarczuk, with illustrations by Joanna Concejo.

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