Esperança e perdão/ Humility and forgiveness




Nesta manhã o gesto de um homem, que nunca vi em minha vida, fez com que meu dia fosse mais bonito; percebi que ainda é possível acreditar na humildade. Sei que é um chavão, mas vi que todo mundo tem seus problemas, e tentam resolvê-los de formas diferentes.

Não sei nada da vida deste homem, não sei de onde veio e muito menos para onde foi, só sei de uma minúscula parte de sua vida que compartilhamos em dez ou quinze minutos; parte esta que me deixou mais esperançosa.

Hoje, ao passar no portão de minha casa, tocou a campainha. Muito humildemente pediu duas rosas, e em suas mãos havia um pequeno ramalhete com mais duas ou três flores vermelhas. Perguntei para quem daria as flores e ele me contou que havia brigado com a esposa e queria se reconciliar, como não tinha dinheiro para comprar um buquê, decidiu fazer um. Resolvi ajudá-lo, cortei as rosas, algumas folhas de samambaia e ramos de uma planta parecida com endro. Entreguei uma fita vermelha para amarrar tudo. O arranjo ficou simples, mas bonito!

Não sei porque brigaram, não sei a história dos dois, não sei quem errou, mas espero que nesta tentativa ele tenha conseguido se reconciliar. Espero que tenham aprendido algo com tudo isso. Para mim, ficou uma atitude de esperança. Vi naquele gesto uma necessidade de perdão e, mais ainda, a humildade em reconhecer seu erro.

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This morning the gesture of a man, who I never saw in my life, made my day more beautiful; I realized that it is still possible to believe in humility. I know it's a cliche, but I saw that everyone has their problems and try to solve them in different ways.

I know nothing of this man's life, I do not know where it came from, or where he was, I only know a tiny part of his life we ​​share in ten or fifteen minutes; part that made me more hopeful.

Today, when passing the gate of my house, he rang the bell. Very humbly asked two roses, and in his hands was a small bouquet with two or three red flowers. I asked him for whose would give the flowers, and he told me he had quarreled with his wife and wanted to reconcile, as he had no money to buy a bouquet, decided to make one. I decided to help him, cut roses, some fern leaves and branches of a plant resembling dill. I gave a red ribbon to tie everything. The arrangement was simple but beautiful!

I do not know why they fight, do not know the story of the two, do not know who was wrong, but I hope that with this attempt he has managed to reconcile. I hope they learned something from all this. For me, it was a hopeful attitude. I saw in that gesture a need for forgiveness and, even more, humility to acknowledge his mistake.


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